10 indígenas para seguir nas redes sociais
- Acento Comunicação
- 13 de abr. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 19 de abr. de 2021

O escritor e filósofo indígena Aílton Krenak, o intelectual do ano de 2020.
Esqueça qualquer característica indígena que você aprendeu na escola ou nas mídias brasileiras. Assim como existem vários grupos indígenas no país com culturas, línguas e cosmovisões completamente diferentes "estimados em cerca de 250 povos" (Aílton Krenak em "Ideias para adir o fim do mundo <3) , existem várias formas de ser indígena, ou seja, na aldeia ou nas cidades.
Com o google e as redes sociais, temos a OBRIGAÇÃO de estudar sobre os povos indígenas de Pindorama. Precisamos conhecer a história do nosso país por meio das memórias indígenas, quilombolas e negras.
No entanto, sabemos que as plataformas não são neutras, as grandes empresas da internet (Google / Facebook / Instagram / Twitter) são produzidas por homens brancos ricos (capitalistas) do Norte Global. Por isso, com todos os problemas, entre eles os algoritmos, é melhor conhecer sobre as mais variadas etnias indígenas do país pelas (os) próprias (os) indígenas, não é? Quem são as (os) indígenas para seguir nas redes sociais?
Socióloga e pesquisadoras nas áreas de relações étnico-raciais e encarceramento indígena. Além de produzir conteúdo para o Twitter e para Medium, Lai oferece ótimos cursos, sou suspeita para falar, pois participei do workshop sobre estudos "Anticolonias" e aprendi demais sobre o campo, assim como as teorias decoloniais (América Latina) e pós-coloniais. Nesse mês, ela está oferecendo cursos de encarceramento e relações étnico-raciais indígenas.
Além de ativista indígena, Jé é artista (MARAVILHOSA ilustradora) e estudante de museologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ano passado, ela ocupou o Twitter da Paola Carosella.
Acesse o Issuu e leia o zine: https://issuu.com/culturaufmg/docs/h_m_g_y O trabalho faz parte da Mostra PRAE / DAC criação em tempos de pandemia(UFMG).
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Vice-presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY), Dário é filho do xamã, escritor e ativista indígena na etnia Yanomami Davi Kopenawa, que autor do livro (QUE LIVRO, LEIA!) "A queda do céu". Dário usa o twitter e outras plataformas para denunciar a invasão dos garimpeiros às terras dos povos Yanomami, que contaminam rios, destroem a floresta, estupram as mulheres e lavam doenças, a covid-19. A luta não é apenas deles, é uma luta nossa! #ForaGarimpo
18/04/2021, às 19h, será exibido o filme "A Última Floresta", que tem roteiro da Davi Kopenawa, xamã Yanomami, online para todo o Brasil, na plataforma É tudo verdade: http://etudoverdade.com.br/br/filme/48896-A-Ultima-Floresta
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Liderança indígena da etnia Pataxó, Thyara é graduanda Tec. em Agroecologia pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Além de ativista da luta indígena (entre elas, a invasão dos territórios pelos fazendeiros e a demarcação de terra), Thyara encampa lutas pela educação, contra racismo, sexismo, lgbtfobia, entre outras.
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Fabrício é escritor e ativista da etnia Pataxó HãHãHãe e LGBTQI+, da comunidade Indígena Caramuru ( Bahia). O jovem de 20 anos, que é graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Santa Cruz, tem usado as redes para descolonizar o imaginário sobre os povos originários de Pindorama.
Karibuxi é jornalista e artesã indígena. Ela é criadora do @ProIndigenas (plataforma para a inclusão de indígenas no mercado de trabalho) e co-idealizadora do boletim #IndígenasECovid19 (Karibuxi e Lai divulgam no twitter os números da pandemia do novo coronavírus no twitter).
Juão Nyb Potyguara é formado em Lycencyatura em Teatro pela Universidade Federal do Rio Grande Norte (UFRN), comunicador, escritor, ator, cantor e ativista indígena e LGBTQI+. Lançou em 2020, o livro TYBYRA - Uma Tragédya Indýgena Brasyleyta, que já está na segunda edição. Morando em São Paulo, Juão está dirigindo o espetáculo Periferida em abril de 2021.
Nas palavras de Juão: "Meu mayor foco é demarcar terrytoryos do ymagynáryo para que demarquemos terrytóryos fýsycos, já que meu estado é o únyco que não tem terras demarcadas".
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Fundadora do canal do Youtube "Nuhé", Alice é ativista e comunicadora indígena da etnia Pataxó. Estudante de Bacharelato Interdisciplinar em Humanidades pela Universidade Federal do Sul da Bahia, ela escreve para o Projeto Colabora e vive na aldeia Craveiro / Porto Seguro (Bahia). Ah, a Alice é bi.
Natural do Mirinzal (Maranhão) da etnia Guajajara, Kaê mudou-se para o Rio de Janeiro para fugir dos conflitos , já que sua aldeia não era terra demarcada (O BRASIL TODO É TERRA INDÍGENA).
Além do ativismo, ela é cantora, compositora, escritora e atriz. É autora do livro “Descomplicando com Kaê Guajajara - O que você precisa saber sobre os povos originários e como ajudar na luta anti racista”
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Liderança indígena do povo Kanela, Bruno é ativista da causa indígena, ecossocialismo e Bem Viver.
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